ìndice

quinta-feira, 18 de julho de 2013

BAYPASS X SLEEVE

 Bypass


 Mecanismo de Ação

O mecanismo de funcionamento dessa cirurgia tem 3 objetivos: restringir o consumo alimentar através da redução do estômago, diminuir a absorção e estimular a saciedade precoce. Redução Gástrica.
O estômago é grampeado e o que fica ligado no tubo digestório é bem pequeno suportando algo em torno de 20 ml a cada 10 minutos.
NutriçãoI leal.
Desvio intestinal para que menos nutrientes sejam absorvidos e para que ando a comida chegue mais rápido ao intestino terminal estimulando a produção de hormônios que causam a saciedade a nível cerebral. O duodeno e o jejuno proximal são trechos do intestino que tem altíssimo poder de absorção, ou seja, grande parte da comida passa rapidamente do intestino para o sangue nesses trechos. O Bypass Gástrico cria um "atalho" no tubo digestivo . A comida vai passar por um estomago pequeno que será costurado ao jejuno médio. Em outras palavras a comida não passa pela maior parte do estômago, nem pelo duodeno e nem por 70 cm de jejuno inicial. Essa modificação vai impedir a intensa absorção alimentar que ocorreria nesse trecho. Esse é o principal mecanismo emagrecedor do Bypass Gástrico. Em vista desse procedimento a absorção de vitaminas e minerais fica muito prejudicada. Entenda: você reduziu o estômago, reduziu o intestino, mas as suas necessidades diárias de nutrientes continua a mesma para o sexo e ciclo da vida que você está, então, não “complementar” determinados nutrientes (algumas vitaminas, alguns minerais e às vezes proteínas) pode levar a: queda acentuada de cabelo, unhas se desmanchando, dores musculares, fraqueza, anemia que são as consequências menos graves perto de outras perturbações ao organismo que podem acontecer.
É necessário estabelecer uma parceria com uma equipe multidisciplinar, pois como ouvi em uma palestra: “o Bypass Gástrico é um casamento poligâmico sem direito a divórcio com nenhuma das partes envolvidas”. A única solução é que seja feita uma Sociedade entre o paciente + sua família + cirurgião + nutricionista + psicóloga + fisioterapeuta + outros profissionais conforme o caso. 

Parece simples, mas é um grande procedimento cirúrgico com pontos e cortes no estômago e intestino, dentro de você estará tudo literalmente de cabeça para baixo. A complexidade dessa cirurgia vai mexer com tudo na sua vida, tudo mesmo, aspectos físicos, emocionais e bioquímicos. A reversão é um procedimento mais complicado e de altíssimo risco.
No primeiro ano tem-se o emagrecimento mais intenso e vai estabilizando com o decorrer do tempo.
Alguns trabalhos falam que a possibilidade de voltar a engordar em 10 anos é real. Por isso, mesmo o bypass deve ser encarado como uma oportunidade de fazer a reeducação alimentar e lembre-se não há mais nada para fazer além dessa cirurgia. Se você é do tipo que acha que comer de forma saudável é fazer dieta, então precisa aceitar e entender que vai fazer dieta para sempre.


(http://carolgastroplastia.blogspot.com.br/2012/05/decisao-de-realizar-cirurgia-by-pass.htm 

 

Sleeve


Gastrectomia Vertical ou Sleeve Gastrico foi uma cirurgia proposta inicialmente como uma técnica a ser realizada como primeira etapa da cirurgia de Duodenal Switch que seria indicada em 2 tempos para pacientes super obesos e que apresentavam um índice elevado de complicações intra e pós operatórias.
 

Na Gastrectomia Vertical, o estômago do paciente obeso é grampeado em forma de tubo que vai do esôfago ate o duodeno. Assim se reduz o estômago em até 80% do seu tamanho .O novo estômago fica com 150 a 250 ml e com a forma parecida com a de um tubo gástrico.

Nessa redução, se retira parte do fundo gástrico, região que produz o hormônio grelina, responsável pela sensação de fome. Assim após a cirurgia o apetite também diminui. Na técnica do Bypass Gastrico ou Gastroplastia a Fobi-Capella em Y de Roux, o estômago é reduzido em cerca de 95% e fica com capacidade aproximada de 30 ml apenas. A Gastrectomia Vertical ou Sleeve Gastrico vem sendo indicada cada vez com maior freqüência para o tratamento da obesidade grau III e mórbida, principalmente em pacientes que possuam problemas intestinais ou quadro de anemia importante.

A Gastrectomia Vertical ou Sleeve Gastrico é um procedimento realizado por Videolaparoscopia (câmera), é irreversível e apresenta um índice de complicações reduzidas quando realizada por uma equipe experiente e em um hospital com recursos adequados.
A permanência hospitalar é de 48 horas e a cirurgia realizada por Video faz com que a dor seja mínima e o paciente esteja apto a qualquer atividade após 1 semana.

Por ser um método novo, a Gastrectomia Vertical ou Sleeve ainda está em avaliação pela comunidade científica e alguns estudos ainda estão em andamento para se determinar se este procedimento de forma isolada será suficiente para a manutenção da perda de peso em pacientes obesos ou se estes pacientes necessitarão de uma nova cirurgia no futuro.

 As principais complicações da cirurgia são as fístulas do novo estômago e a hemorragia, além do fato de ser uma cirurgia irreversível, pois 80% do estômago é descartado.
Por ser uma técnica bastante recente, ainda não existem resultados de longo prazo. No entanto, os que até agora estão disponíveis sugerem que a perda de peso pode ser ligeiramente mais acentuada e mais rápida do que a conseguida com a banda gástrica ajustável.

(http://www.cirurgiaobesidade.com.br/novosite/index.php/cirurgia-de-obesidade/gastrectomia-vertical)

domingo, 14 de julho de 2013

UMA QUESTÃO ALÉM DO PESO, UMA QUESTÃO DE PERCEPÇÃO...




O acompanhamento psicológico para pacientes em processo bariátrico é muito importante, muitas vezes decisivo na felicidade e qualidade de vida  do paciente.
A cirurgia bariátrica não garante uma melhor qualidade de vida. Não é apenas uma questão médica, mas também psicológica. Sabe-se que alguns pacientes, depois da cirurgia, conseguem mudar o estilo de vida e manter um controle dietético rigoroso ajustado à nova situação.  Outros, apesar do emagrecimento, não se adaptam à nova condição e mantêm uma péssima qualidade de vida. Há casos também de pacientes que não conseguem manter o controle dietético e voltam a ganhar o peso perdido (Koyama, 2007).


Existe um  impacto emocional, alguns lidam com esse impacto  com resiliência, entretanto pode haver  alterações comportamentais negativas  decorrentes do emagrecimento rápido, que podem ser: depressão, ansiedade, ideação suicida e uso de substâncias tais como o álcool e o tabaco. 


É necessário haver um acompanhamento psicológico à pessoa que pretende realizar a cirurgia para a redução de peso. A cirurgia bariátrica pressupõe três questões :


1)    Tal procedimento não apresenta consequências imediatas e duradouras. O sucesso no tratamento depende da forma como o paciente vai lidar com o recurso cirúrgico. O paciente precisa assumir um compromisso de novos hábitos alimentares pelo resto da vida. Sem a mudança no comportamento radical no comportamento alimentar, a cirurgia perde o poder emagrecedor e frustra pacientes que não conseguem chegar ao peso desejado ou o fazem de maneira sofrida.


2)    A perda de peso, quando grande e acelerada, provoca uma mudança brusca na estrutura corporal que não é assimilada com a mesma rapidez pelo próprio paciente. É necessário tempo para que o paciente se adeque aos novos hábitos alimentares e novo estilo de vida.


3)     O emagrecimento não implica necessariamente a uma melhor qualidade de vida, Muitos pacientes que se submetem ao procedimento cirúrgico mostram uma associação direta entre emagrecimento e realização pessoal.



Etapas do Acompanhamento



1.ª Fase: Pré-cirurgia – média  5 sessões

- Avaliação psicológica  e emissão parecer técnico;

- trabalho didático para compreensão da cirurgia e do pós-cirúrgico;

- Preparação para uma mente magra.

2.ª Fase: Internação

- Preparação psicológica do paciente para o internamento, cirurgia, período  pós-cirúrgico imediato e da adesão aos seus requisitos.


3.ª Fase: Pós-cirurgia e Follow-up  - média 4 sessões

- Psicoterapia cognitiva comportamental para um enquadramento na nova vida;

- Reavaliação psicológica;

- Alta – caso o paciente esteja de acordo e que sua adaptação esteja adequada.




(texto de apoio KOYAMA, RE. A mobilidade de pacientes obesos no pós-cirúrgico bariátrico. São Paulo, 2007. Dissertação (mestrado) – Pontifícia Universidade Católica.)