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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Como Praticar a Comunicação Não Violenta

Comunicação NÃO VIOLENTA significa escutar e se expressar de maneiras a conectar as pessoas, buscando uma convivência que funcione para todos. Pode ser uma forma de diálogo interno, para aumentar a compreensão e atuação pessoal.
Uma presunção básica da comunicação não-violenta é que atrás de tudo que uma pessoa diga existe uma razão, uma necessidade com a qual poderíamos até raciocinar sobre se a entendêssemos (apesar de isto não significar que precisemos gostar do que foi dito). Aprender a alinhar as necessidades de cada um e compartilhar as nossas quando estamos nos expressando são elementos que auxiliam a comunicação não-violenta a alcançar seu propósito.
  1. Primeiro, decida sobre uma das alternativas:


    • Empatia interior; se estiver estimulado e quiser estar mais consciente de si mesmo antes de começar a se comunicar com outra pessoa;
    • Empatia com os outros, se eles estiverem estimulados e você quiser estabelecer comunicação com eles;
    • Expresse-se de modo vulnerável e honesto, transmitindo ou buscando informações factuais (possivelmente até se preparando para a empatia)...
  2. Não importa o caminho que tenha escolhido, você pode passar por um destes quatro elementos:: Observações, sentimentos, necessidades e pedidos (este exemplo presume que você escolheu se expressar):
  3. Diga ou presuma os elementos que estimularam algo em você ou na outra pessoa. Observações puras que não contém nenhum elemento de julgamento ou avaliação. Por exemplo, "Você não foi comprar legumes" ao invés de "Você está desperdiçando tempo".
  4. Diga ou presuma os sentimentos, as emoções que estão vivas em si ou no outro.
  5. Diga ou presuma a necessidade que não foi atendida, levando ao sentimento em questão. Muitas vezes os sentimentos e necessidades andam juntos em uma frase ou duas, o snetimento levando a necessidade. Por exemplo: "Quando eu penso no Cristiano chegando da caminhada sem o almoço estar pronto, eu me sinto preocupado, porque eu me preocupo com ele."
  6. Faça um pedido sincero quando estiver se expressando. Existem dois tipos de pedidos, os de conexão, que são associados com seu direito a se comunicar neste momento com a outra pessoa, e os de ação, que tentam satisfazer as necessidades suas e da outra pessoa na situação.

    • Exemplos de pedidos de conexão: "Você poderia me dizer como entendeu o que eu lhe disse?" ou "Como você se sente ao ouvir isto?"
    • Exemplos de pedidos de ação: "Você gostaria de ir ao supermercado comigo agora?"

    DICAS: 
    • O mesmo procedimento se aplica com a auto-empatia e ao tentar entender alguém. A diferença é que com outra pessoa, o sentimento/necessidade deve ser fraseado como uma pergunta. Um bom modelo para se ter em mente é, "Está sentindo ____ porque precisa de ____?"



      • Por exemplo, "Eu reparei que não tem falado nada nos últimos dez minutos. Está chateado?" Se a resposta for sim, você pode entrar com seus próprios sentimentos e prosseguir: "Bom, estou chateado também. Gostaria de ir ao Exploratorium?" Ou talvez, "Estou realmente interessado em conversar com estas pessoas. Que tal nos encontrarmos em uma hora quando estiver terminado aqui?"
    • A resposta típica a uma frase ou pergunta pode levar a todos concordando a ir em frente juntos ou se separar amigavelmente.
    • A empatia é um processo emocional, não mecânico. Dizer as palavras certas não é o bastante, você precisa sintonizar genuinamente com as emoções e necessidades das outras pessoas, e ver a situação do ponto de vista delas. Algumas vezes pode ajudar imaginar como você se sentiria na mesma situação. Leia nas entrelinhas o que está vivo em suas mentes, o que importa e o que direciona suas palavras e ações.
    • Você muitas vezes não vai acertar o sentimento ou necessidade com empatia. Mas o fato de estar escutando e querendo entender, sem críticas, julgamentos ou discussões vai muitas vezes levar as pessoas a se abrir mais, dando mais idéia do que está realmente acontecendo. Interesse genuíno no sentimento e necessidade que dirige as ações dos outros vai lhes levar a um lugar novo, um lugar em que vai conseguir sentir o que está acontecendo antes de compreender racionalmente.
    • As necessidades são abstratas por natureza. Querer ir a um filme com alguém não é uma necessidade, e sim um desejo de passar tempo com alguém. A necessidade neste caso pode ser companhia. O fundamental é não entrar em discussões sobre o que é uma necessidade, mas sintonizar na qualidade de vida da pessoa ou de si mesmo, separado e ainda assim conectado a algum formato particular.
    • Para que um pedido seja realmente um pedido e não uma exigência, dê a outra pessoa opções, seja dizer não ou propôr outra alternativa. Você é responsável por satisfazer suas necessidades, e deve deixar que os outros assumam a responsabilidade sobre as deles. Quando fizer algo em grupo, você deve fazer porque consentiu voluntariamente, como maneira de satisfazer suas necessidades e desejos genuínos, não por causa de culpa e pressão. Se não estiver pronto para pedir com espírito, tudo bem, você só precisa de mais empatia consigo mesmo.
    • A comunicação não-violenta serve para:

      • Conectar-se consigo mesmo e com outras pessoas de modo mais completo e profundo.
      • Resolver conflitos
      • Engajar as pessoas em torno de uma emoção central, seja ela alegre ou triste.
    • Nem todos os quatro passos são necessários em todas as situações.
    • A comunicação não-violenta pode ser útil mesmo se a outra pessoa não a praticar ou sequer conhecê-la. Você pode praticá-la unilateralmente e conseguir resultados.
    • Uma boa frase modelo para se lembrar em situações envolvendo raiva é: "Você está com raiva por quê está pensando ____?" A raiva é disparada por pensamentos, como "Eu acho que eu mereço um aumento mais do que fulano."
    • A comunicação não-violenta é bem simples, mas requer muita paciência. Não se desencoraje se não for bom com ela de início.

    AVISOS:
    • Na comunicação não-violenta, as necessidades não representam coisas que você-tem-que-ter-senão... Não é uma desculpa para dizer, "você tem que fazer isto, porque é a minha necessidade.
    • Em uma situação altamente emocional, mostrar empatia por um sentimento muitas vezes traz a tona mais sentimentos, muitos deles negativos. Quando isto acontecer, continue com a empatia. Não tente argumentar com uma pessoa raivosa, simplesmente ouça o que ela diz. Uma vez que tenha compreendido suas necessidades genuínas e mostrado a elas que as ouviu sem fazer julgamentos, elas podem estar prontas para ouvir as suas necessidades. E então você pode buscar um curso de ação específico que beneficiará a ambos.
    • Algumas vezes as pessoas podem ficar nervosas quando acharem que está aplicando alguma fórmula nelas. Mas você não deve seguir nenhuma fórmula, e na maioria das vezes não tem que dizer nada. Simplesmente prestar atenção às necessidades das pessoas é o suficiente para receber empatia. Se alguém reagir assim, foque sua atenção na posição em que elas se colocaram; "Oh, então você quer que eu coloque as cartas na mesa?" Você também pode tentar expressar o espírito da comunicação não-violenta sem usar moldes.

    http://pt.wikihow.com/Praticar-a-Comunica%C3%A7%C3%A3o-N%C3%A3o-Violenta

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

DEFICIÊNCIAS, Mario Quintana (escritor gaúcho nascido em 30/07/1906 e morto em 05/05/1994 .

"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.

"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:

"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.

"A amizade é um amor que nunca morre."