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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Avaliação Psicológica não é psicoterapia



O Papel do Psicólogo na Cirurgia Bariátrica

Sem sombra de dúvida, qualquer psicólogo que já tenha atuado no campo das cirurgias, e em especial, na cirurgia bariátrica, concordará em aceitar, que nosso paciente não é um “cliente” para psicoterapia, e não vem com demanda para análise, como nossos colegas psicanalistas diriam. De modo inverso, chega como quem vem retirar um mal, ou como quem quer reformar uma roupa que não lhe cai bem. Quer dali sair sem aquele defeito, ou mazela, sem maiores questões ou reflexões sobre causas ou efeitos das reformas realizadas.


Esse modelo tão particular de indivíduo exigiu do psicólogo bariátrico, se é que assim podemos chamar essa nova categoria que vem surgindo, um tipo de trabalho bem específico, que inclui o estudo da fisiologia, da psicopatologia, da genética, dos modelos relacionais de casal e familiares e também do trabalho em equipes multidisciplinares.

Ao receber o paciente deparamo-nos com indivíduos derrotados por múltiplas tentativas de dietas que faliram, dada à força de sua genética. A obesidade, a compulsão a comer, a depressão, a doença bipolar e toda a fisiologia que subjaz à morbidez de seu estado, bem como aos maus resultados de suas tentativas vãs de solucionar seu problema, tem de ser consideradas e estudadas pelo profissional da Psicologia.

Esse cabedal teórico acima relacionado dará ao psicólogo condições de exercer seu primeiro papel fundamental: o acolhimento. Tomando desse primeiro instrumento ele partirá para sua estratégia básica de trabalho que é a anamnese, palavra advinda do grego, que significa recordação. É através da recordação, da repetição da própria história, que nosso paciente perceberá os lapsos e tropeços que realizou, não apenas em suas dietas, mas em sua própria vida. O profissional irá, com esse processo de acolhida, permitir a catarse, pois ali, na sala do psicólogo, não há julgamento moral, censura social ou aconselhamento do tipo fraterno, que implica em expectativas. O que se requer do paciente é um compromisso consigo próprio, com sua saúde, com sua história e com o sucesso de sua própria saúde, bem como com o resultado cirúrgico.

Esbarramos na questão do tempo, pois nosso paciente vive em estado acelerado, como se não suportasse ser obeso mais nem um dia, mesmo tendo sido “a vida toda” de acordo com seu relato. E também nossos serviços são acelerados, porque vivemos em mundos competitivos e hipertímicos. Aqui o psicólogo se defronta com os diferentes ritmos de práticas de cada profissional, do fisioterapeuta ao nutricionista, do clínico ao anestesista, cada um com seu tempo de atuação.

Assim, quando se fala em preparar o paciente para a cirurgia bariátrica, pode-se usar a metáfora da gestação e do parto, pois nenhum parto e nenhuma gestação é referência para outro, e não há preparo para parir. A experiência se constitui como única. O que cabe ao profissional da Psicologia é levantar dados durante a anamnese, resgatar um bom histórico familiar genético e emocional, de doenças psiquiátricas e vivências traumáticas; verificar na vida do próprio indivíduo a presença de doenças do campo afetivo, averiguar tendências genéticas para transtornos do humor e trabalhar dentro de uma linha informativa e preventiva. Devemos alertar nosso paciente e a equipe sobre a condição em que se encontra o dono do Sistema Digestório e recordar que há um outro sistema complexo ligado a ele, o tal do Sistema Nervoso.

Quando possível, trabalhar junto a familiares conscientizando de que a cirurgia bariátrica não irá reprogramar a genética do operado, mas no máximo tentar enganá-la, produzindo um magro artificialmente, e que isso terá um custo. Mais que isso, alertar que a vida não perdoa quem é inadimplente com ela. Falhas nutricionais repercutirão em problemas neurológicos e irão mimetizar quadros psiquiátricos sérios. Um cérebro mal nutrido jamais funcionará bem, e por isso não produzirá um indivíduo feliz.

O Psicólogo tem, portanto, na função bariátrica, um papel recheado de atribuições. Ele informa, ouve, espelha, deixa acontecer, acolhe, comemora e acima de tudo sofre com seu paciente, para que ele encontre sua própria saúde.
 Autora: Isabel Paegle, psicóloga mestre em psicologia da saúde e especialista em psicologia clínica, distúrbios alimentares e obesidade

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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Convênios médicos



Se você possui um convênio médico procure saber quais os procedimentos para obter o reembolso de suas consultas psicológicas.Os convênios em geral solicitam os recibos das consultas, diagnósticos e encaminhamento médico. Se você possui um convênio médico procure saber quais os procedimentos para obter o reembolso de suas consultas psicológicas.

Os convênios em geral solicitam os recibos das consultas, diagnósticos e encaminhamento médico.

A ANS -  Agência Nacional de Saúde – órgão do governo que regulamenta os planos de saúde – possui uma lista de procedimentos obrigatórios aos planos de saúde.
Estipulou-se que os convênios serão obrigados a reembolsar ou oferecer atendimentos de 18 a 40 sessões psicoterapêuticas por ano (período de 12 meses).

Critérios:

1. Cobertura obrigatória de 40 sessões por ano de contrato quando preenchido pelo menos um dos seguintes critérios:

a. pacientes com diagnóstico de esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e transtornos delirantes (CID F 20 a F 29);
 b. pacientes com diagnóstico de Transtornos da infância e adolescência (CID F 90 a F 98);
c. pacientes com diagnóstico de Transtornos do desenvolvimento psicológico (F80 a F89).

2. Cobertura obrigatória de 18 sessões por ano de contrato, quando preenchido pelo menos um dos seguintes critérios:

a. pacientes com diagnóstico de Demência (CID F 00 à F 03);
 b. pacientes com diagnóstico de Retardo (CID F 70 à F 79).

2.  Cobertura obrigatória de 24 sessões por ano de contrato quando preenchido pelo menos um dos seguintes critérios:

 a. pacientes com diagnóstico de Transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o "stress" e transtornos somatoformes (CID F40 a F 48);
b. pacientes com diagnóstico de Síndromes comportamentais associadas a disfunções fisiológicas e a fatores físicos (F 50 a F 59);
 c. pacientes com diagnóstico de Transtornos do humor (CID F 30 a F 39);
d. Pacientes com diagnóstico de Transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de substâncias psicoativas (CID F 10 a F 19).

Neste Rol de atendimentos incluem o psicodiagnostico para pacientes que vão sofrer intervenções cirúrgicas: auditivas, histerectomia, vasectomia, bariátrica (todos os tipos), etc.


 Valor de reembolso é o valor contratado entre o paciente e a operadora do plano de saúde para todos os procedimentos cobertos. Esta informação poderá ser obtida na sua operadora e é obrigação da operadora fornecê-la.

Verifique o valor de reembolso para consulta de seu plano e informe-nos, verificaremos a possibilidade de atender por um valor semelhante.

Veja também os nossos parceiros, descontos de 30% nos atendimentos.


 

Os serviços prestados terão como referência a tabela do CRP-SP – com desconto de 30% por sessão. Serviços, ainda não previstos pelo CRP (laudos bariátricos, acompanhamento pré e pós-operatórios de vasectomia, histerectomia, mudança de sexo etc.) serão combinadas diretamente entre o profissional e o contratante, sem que isso prejudique o direito ao desconto de 30%.









 









Saiba mais sobre o processo de reembolsos dos planos de saúde para o seu tratamento psicológico

Sobre Convênios Médicos 

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Avaliação Psicológica II



Quem pode fazer a cirurgia bariátrica?

A idade mínima para cirurgias bariátrica é 16 anos. São regras do Ministério da Saúde.
O índice (IMC) mínimo para cirurgia bariátrica é “35 + doenças associadas” ou “maior que 40, mesmo sem doenças”.

Avaliação Pré-Operatória

Os candidatos à cirurgia bariátrica devem ser submetidos a uma avaliação préoperatória completa para determinar fatores de risco que possam aumentar as complicações e comprometer o resultado da operação. Esta avaliação é realizada por uma equipe multidisciplinar que tem experiência no cuidado de pacientes com obesidade mórbida. Além de solicitar vários exames, o seu médico irá pedir que você faça uma avaliação com um endocrinologista ou clínico geral, cardiologista, nutricionista, psicólogo ou psiquiatra, anestesiologista e outros especialistas que ele julgar necessário.

Avaliação psicológica

O seu psicólogo precisa:

 Entender que a obesidade é uma doença epidêmica, crônica, dispendiosa, multifatorial e com morbidades e mortalidade elevadas, conforme a OMS;

 Ter a percepção que a  intervenção cirúrgica é  das etapas do tratamento da obesidade;

 Conhecer  os critérios de indicação para a cirurgia: índice de massa corpórea, co-morbidades, insucesso do paciente em tratamentos anteriores, apoio familiar e avaliação pré-operatória rigorosa;

O que o psicólogo vai avaliar

 Levantamento da história clínica do paciente: estilo de vida, hábitos, costumes, atividades, relacionamentos, pensamentos, sentimentos e comportamentos;

 Investigação sobre o início da obesidade, padrões familiares, maneiras de lidar com a doença, quantas e quais tentativas buscou para emagrecer, prejuízos causados pela obesidade em sua vida, casos de obesidade na família, auto-estima e imagem corporal, estado de humor, qualidade do sono, vida social e profissional, expectativas quanto ao procedimento cirúrgico;

 Verificação quanto à presença de compulsões, crises de ansiedade e fantasias acerca do emagrecimento, relação com o alimento e possibilidade de algum transtorno alimentar (compulsão alimentar periódica, anorexia, bulimia), níveis de stress, ansiedade e depressão do paciente;

 Observação da capacidade de manutenção do controle frente às situações de stress/tensão e de aspectos psicossociais que possam comprometer os resultados;

 Conhecimento de aspectos que podem inviabilizar o procedimento, cirúrgico: transtornos psicológicos mais graves como Transtorno Bipolar ou Esquizofrenia, Depressão (sem que esteja em tratamento), demais transtornos mentais e dependência química;

 Considerações sobre a percepção social diferenciada referente aos obesos de sexo masculino e feminino (discriminação e exigência social);

 Relação entre o comer e os fatores emocionais;

 Manutenção de conduta cautelosa e de encaminhamento para tratamento anterior à cirurgia quando necessário;

 Identificação de preditores de sucesso pós operatório;

 Previsão e disponibilidade para realização de monitoramento da adaptação pós-operatória;

 Possibilidades de implementação de mudanças nos hábitos de vida permanentes: ajustes nos padrões alimentares, prática de exercícios físicos e demais necessários a cada caso;

 Importância de se considerar a possibilidade de acompanhamento psicológico pré e/ou pós-operatório;

 Métodos e técnicas psicológicos mais utilizados: Entrevista Psicológica ampla e detalhada, Testes psicológicos como os de personalidade e, eventualmente, de inteligência (em caso de dúvidas sobre habilidade intelectual do paciente.) 
Marque uma consulta clicando a baixo.