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quarta-feira, 13 de maio de 2015

Obesidade morbida

Obesidade mórbida é um problema de saúde pública que, nos últimos anos, vem crescendo continuamente em diversos países. Deve ser encarada como doença grave, que gera profundas sequelas de ordem física, emocional, econômica e social. A relação entre o grau de excesso de peso e a incidência de co-morbidades e de mortalidade é marcante, esta última aumentando rapidamente quando o paciente atinge mais de 50% do seu peso ideal.

O índice de mortalidade de homens jovens obesos mórbidos, por exemplo, é 12 vezes maior quando comparado com o de não-obesos da mesma faixa etária. Entre as doenças associadas destacam-se distúrbios cardiovasculares, diabetes, problemas osteoarticulares, apneia do sono, doença biliar e certos tipos de câncer, doenças estas que são curadas ou evitadas, em grande parte dos pacientes, com a redução do seu índice de massa corporal.

Fatores ambientais ou culturais têm papel importante na etiologia da obesidade mórbida, mas influências genéticas parecem ser mais fortes. A redução do peso através de medidas dietéticas costuma ser ineficaz no obeso mórbido, o que vem tornando as cirurgias bariátricas o tratamento de escolha para estes doentes. A primeira cirurgia realizada para redução de peso foi descrita em 1954, e, desde então, diversas técnicas foram idealizadas

A obesidade é fator desencadeante de diversas doenças, entre elas o tromboembolismo venoso. A relação entre o grau de excesso de peso e o desenvolvimento dessas doenças é direta, especialmente nos pacientes que excedem 50% do seu peso ideal. Desta forma, o obeso mórbido, com índice de massa corpórea acima de 40, tem chance ainda maior para o desenvolvimento da doença tromboembólica. A manipulação cirúrgica também é fator de risco para o desenvolvimento de trombose venosa profunda e embolia pulmonar.

Podemos classificar um paciente obeso de maneira quantitativa, segundo sua massa corpórea, ou qualitativa, de acordo com a distribuição da sua gordura corporal. Na primeira classificação utiliza-se o índice de massa corporal (lMC), proposto primeiramente pelo belga L.A. J. Quetelet, em 1835. O IMCé expresso pelo peso em quilogramas do indivíduo, dividido pelo quadrado de sua altura em metros (lMC = P/H2= kg/m2).