O que é?
Conforme a Portaria 360 editada pelo SUS em 06/07/2005, e a Resolução
CFM 1942/2010, faz-se necessário Avaliação Psicológica dos pacientes que
se submeterão a gastroplastia.
Sendo a obesidade uma doença multifatorial que envolve componentes genéticos, metabólicos e endócrinos, comportamentais, sociais e psicológicos, é função do psicólogo investigar, orientar e preparar o paciente para:
1) Compreender intelectualmente e psicologicamente todos os aspectos envolvidos no pré, trans e pós-operatório, bem como viabilizar suporte familiar constante;
2) Comprometer-se a seguir todas as orientações clínicas e psicológicas, as quais devem ser mantidas indefinidamente;
3) Verificar a ausência de distúrbios psicológicos graves, história recente de tentativa de suicídio, alcoolismo, dependência química.
As cirurgias antiobesidade são procedimentos de alta complexidade, visando diminuir a entrada de alimentos no tubo digestivo, diminuir sua absorção ou ambos.
A obesidade é identificada pelo acúmulo de gordura - de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) é diagnosticada pelo cálculo do “Índice de Massa Corporal”. Este é um padrão reconhecido internacionalmente, determinado pela divisão do peso (Kg) pela altura (M²) ao quadrado. Quando este índice (IMC) estiver entre 35 e 39.9, temos pacientes com obesidade moderada. Entre 40 e 49,9, considera-se obesidade mórbida. Nos casos que for igual ou superior a 50, denomina-se superobeso.
Pacientes com índice variando entre 35 e 39,9 podem submeter-se a gastroplastia quando apresentarem: problemas cardíacos, apneia do sono, osteoartrites ou artralgias, hipertensão, dislipidemias e diabetes tipo II, entre outras.
Porque os aspectos psicológicos são tão importantes de serem avaliados para que uma pessoa possa se submeter à cirurgia bariátrica?
Reza o preceito bíblico que somos feitos à imagem e semelhança de Deus. Para a psicanálise, nosso eu é construído por uma série de identificações parentais: somos o desejo de Outro.
Esta é uma condição necessária para nos tornarmos “normais” do ponto de vista psíquico.
Nossos pais já nos embalavam sonhando o que queriam que nos tornássemos. Assim como foram embalados por seus próprios pais.
No processo de nosso crescimento, físico e psíquico, nos deparamos com um mundo que nos mostra muitas possibilidades até então desconhecidas. Vamos, tal qual Michelangelo fazia com suas esculturas, libertando-nos do bloco de mármore em que fomos embalados, descobrindo nosso ser, nosso próprio desejo.
Para muitos de nós, deixar cair as identificações primárias, para apoderarmo-nos dos nossos desejos, torna-se algo da ordem da impossibilidade. Como deixar de responder ao desejo desses outros que nos forjaram, para havermo-nos com nossos desejos, e nos responsabilizarmo-nos por eles?
Para alguns, isso vai gerar uma grande angustia. Em função dos conflitos internos que surgem, consequentemente teremos variados sintomas, como respostas apaziguadoras desses conflitos, restando ao sujeito o caminho da doença.
Para Arenales-Loli (2007), “... a edificação da obesidade mórbida tem em sua história uma série de comportamentos e opções de vida, também “mórbidos”.” Podemos dizer que cabe ao psicólogo tentar possibilitar ao paciente – tal qual Michelangelo, que entendia que sua função como escultor seria apenas liberar a escultura do bloco de mármore – que este se encontre com seus próprios desejos. Possibilitando que este sujeito perceba que continuaria sendo amado pelos seus, e respeitado justamente por não abrir mão de seus próprios desejos.
Sendo a obesidade uma doença multifatorial que envolve componentes genéticos, metabólicos e endócrinos, comportamentais, sociais e psicológicos, é função do psicólogo investigar, orientar e preparar o paciente para:
1) Compreender intelectualmente e psicologicamente todos os aspectos envolvidos no pré, trans e pós-operatório, bem como viabilizar suporte familiar constante;
2) Comprometer-se a seguir todas as orientações clínicas e psicológicas, as quais devem ser mantidas indefinidamente;
3) Verificar a ausência de distúrbios psicológicos graves, história recente de tentativa de suicídio, alcoolismo, dependência química.
As cirurgias antiobesidade são procedimentos de alta complexidade, visando diminuir a entrada de alimentos no tubo digestivo, diminuir sua absorção ou ambos.
A obesidade é identificada pelo acúmulo de gordura - de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) é diagnosticada pelo cálculo do “Índice de Massa Corporal”. Este é um padrão reconhecido internacionalmente, determinado pela divisão do peso (Kg) pela altura (M²) ao quadrado. Quando este índice (IMC) estiver entre 35 e 39.9, temos pacientes com obesidade moderada. Entre 40 e 49,9, considera-se obesidade mórbida. Nos casos que for igual ou superior a 50, denomina-se superobeso.
Pacientes com índice variando entre 35 e 39,9 podem submeter-se a gastroplastia quando apresentarem: problemas cardíacos, apneia do sono, osteoartrites ou artralgias, hipertensão, dislipidemias e diabetes tipo II, entre outras.
Porque os aspectos psicológicos são tão importantes de serem avaliados para que uma pessoa possa se submeter à cirurgia bariátrica?
Reza o preceito bíblico que somos feitos à imagem e semelhança de Deus. Para a psicanálise, nosso eu é construído por uma série de identificações parentais: somos o desejo de Outro.
Esta é uma condição necessária para nos tornarmos “normais” do ponto de vista psíquico.
Nossos pais já nos embalavam sonhando o que queriam que nos tornássemos. Assim como foram embalados por seus próprios pais.
No processo de nosso crescimento, físico e psíquico, nos deparamos com um mundo que nos mostra muitas possibilidades até então desconhecidas. Vamos, tal qual Michelangelo fazia com suas esculturas, libertando-nos do bloco de mármore em que fomos embalados, descobrindo nosso ser, nosso próprio desejo.
Para muitos de nós, deixar cair as identificações primárias, para apoderarmo-nos dos nossos desejos, torna-se algo da ordem da impossibilidade. Como deixar de responder ao desejo desses outros que nos forjaram, para havermo-nos com nossos desejos, e nos responsabilizarmo-nos por eles?
Para alguns, isso vai gerar uma grande angustia. Em função dos conflitos internos que surgem, consequentemente teremos variados sintomas, como respostas apaziguadoras desses conflitos, restando ao sujeito o caminho da doença.
Para Arenales-Loli (2007), “... a edificação da obesidade mórbida tem em sua história uma série de comportamentos e opções de vida, também “mórbidos”.” Podemos dizer que cabe ao psicólogo tentar possibilitar ao paciente – tal qual Michelangelo, que entendia que sua função como escultor seria apenas liberar a escultura do bloco de mármore – que este se encontre com seus próprios desejos. Possibilitando que este sujeito perceba que continuaria sendo amado pelos seus, e respeitado justamente por não abrir mão de seus próprios desejos.
(Pereira, L.C)
Imagem da Internet
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