sexta-feira, 3 de julho de 2009
O vidro não é digerido por bactérias, não se deforma sob calor ou luz solar e nem reage com substâncias do solo, mar e ar. Espelhos, garrafas e tudo que é feito de vidro só se degrada ao passar por impactos sucessivos, quebrando aos poucos, durante milênios de erosão
CASCA GROSSA
Vários tipos de plástico levam mais de cem anos para se degradar, de acordo com o ambiente em que
são abandonados. Nessa categoria, também entram derivados de plástico super-resistentes - caso do isopor, que nem dá para reciclar
LONGA VIDA
Tecidos sintéticos, metais, couro, borracha e alguns plásticos biodegradáveis duram, no máximo, um século. Esses materiais são traçados por bactérias, degradados pela luz solar ou decompostos naturalmente - quando um metal oxida e vira ferrugem, por exemplo
FAST FOOD
Alguns materiais de origem orgânica são digeridos mais facilmente por fungos e bactérias. Papel, tecidos de algodão e restos de alimento não duram mais que um ano de abandono em lixões e calçadas - ainda bem!
VALIDADE INEXATA
Exposição dos materiais a diferentes tipos de ambiente torna o cálculo do tempo de decomposição impreciso
Os tempos de decomposição que você vê nesta reportagem variam muito, dependendo do ambiente - solo com material orgânico ou cimentado -, se o objeto está enterrado ou exposto a ventos, sol e ar ou, ainda, se for abandonado no mar. Além disso, materiais como plásticos não existem há tempo suficiente para que se observe, com exatidão, o quanto demoram para se decompor
. A leveza e praticidade do isopor fizeram seu uso bombar em embalagens, mas ele não se desmancha em menos de 500 anos
. Os metais pesados das baterias de eletrônicos não se decompõem, carregando o meio ambiente de poluição
. Metade das garrafas de plástico PET produzidas no Brasil são recicladas - na natureza, o material leva 200 anos para se decompor
. O látex de borracha natural, matéria-prima da camisinha, é duro na queda e dura até 20 anos
. Os ingredientes que colorem e adoçam um chiclete se degradam em cinco anos
. Quem joga a ME no lixo desperdiça informação e papel - que leva de seis meses a um ano para sumir do mapa
. O couro de bolsas, casacos e carteiras contém fibras naturais que levam até 50 anos para desaparecer
. Restos de fruta podem durar seis meses até serem digeridos por insetos e micro-organismos
. Sacolas plásticas duram 200 anos soterradas no lixo. Sob a luz do Sol, somem em um ano, graças aos raios UV
. Há quem defenda o uso de absorventes reutilizáveis, feitos com paninho de algodão, já que os
industrializados se degradam em cem anos
. O plástico PHB, de cartões de crédito, é biodegradável, e faz volume no lixo por dois anos
. Camisetas, jeans e tecidos de algodão - fibra natural - demoram até um ano para se desintegrar
. Piercing, anéis e outros objetos de aço duram dez anos na natureza, até enferrujar
. Garrafinhas de esguicho são feitas de polietileno de baixa densidade, e se degradam em até 20 anos
. Fungos e insetos traçam a madeira de lápis e de palitos em seis meses
. A borracha de pneus, solados de tênis e bolas de basquete levam até 80 anos para se decompor
. O alumínio que compõe as latas de refri, o interior de embalagens longa-vida e a película espelhada dos CDs leva até cem anos para ser incorporado pela natureza.
Por:Tiago Jokura
REDUÇÃO
Só com a minimização do consumo reduziremos a produção e consequentemente o LIXO , o CONSUMO não gera progresso, gera insustentabilidade e degradação no ambiente e das espécies que nele habitam...
O LIXO (Biologa Mirian Soares)
“O lixo é um dos maiores causadores de doenças, cerca de cem tipos, dentre elas a fílariose, leptospirose e até mesmo a dengue é causada pelo acumulo de água contaminada. Se melhorarmos o a forma como tratar o lixo, contribuímos para melhorar a qualidade de vida das pessoas. O lixo tem que ser visto hoje, como fonte de renda, focando na educação das pessoas, a importância para preservação ambiental. O chorume é um líquido que se forma a partir da decomposição do lixo, é o maior responsável pela contaminação dos lençóis freáticos, Em Olinda, no lixão de Aguazinha, a prefeitura vem realizando um trabalho de reaproveitamento do chorume, que transforma parte em água potável e o restante é utilizado para composição do material usado em asfalto, mostrando mais uma vez que basta um pouco de interesse para que se encaminhem as melhorias no meio ambiente”.
Qual a forma mais ecológica de morrer?
Saiba como o método freeze-dry congela o cadáver e o transforma em adubo
Já há quem pense em como ir desta para a melhor sem deixar o mundo pior. Não há consenso de qual é a alternativa mais ecológica, já que todas têm algum defeito: a cremação joga CO2 na atmosfera, e soluções como transformar em diamante ou jogar no espaço obviamente consomem muita energia. Alguns especialistas apontam o método freeze-dry, por enquanto disponível apenas na Suécia, como a forma menos agressiva de deixar este mundo. Parece coisa de ficção científica, como você confere no quadro abaixo.
“Em resumo, o enterro mais ‘verde’ é o que evita desperdício de recursos, não utiliza substâncias tóxicas e opta por materiais biodegradáveis sem risco de extinção e protege áreas ameaçadas”, explica o biólogo Billy Campbell, fundador do primeiro cemitério verde dos EUA, o Ramsey Creek, em funcionamento desde 1996.
O problema dos cemitérios tradicionais (destino final de 80% dos brasileiros) é que 75% deles não respeitam determinações técnicas e acabam poluindo o ambiente com necrochorume (a substância tóxica produzida pelo cadáver em decomposição).
Um corpo de 70 quilos gera 30 quilos de necrochorume, por exemplo. “Os micro-organismos são levados pela água para fora do cemitério por quilômetros de distância, causando doenças como tétano, hepatite, febre tifoide e disenteria”, diz o geólogo e professor da Universidade São Judas Tadeu, Leziro Marques Silva.
Veja abaixo as etapas do processo freeze-dry:
1 - ERA DO GELO
O método de congelamento e desidratação está disponível desde 2005 na Suécia. O primeiro passo é mergulhar o corpo em nitrogênio líquido, a -196 ˚C. Além de congelar, ambos se tornam extremamente quebradiços.
[img01]
2 - QUEBRA TUDO
O cadáver congelado é colocado para vibrar em uma esteira. Bastam alguns minutos para que tudo se estilhasse e vire pó. Equipamentos filtram água e um ímã retira qualquer metal proveniente de próteses ou obturações.
[img02]
3 - EMPACOTADO
O pó resultante (20 kg a partir de um corpo de 80 kg, por exemplo) é colocado em uma caixa de amido de batata ou milho e enterrado em um túmulo raso.
[img03]
4 RECICLAGEM
Planta-se uma árvore em cima da caixa para que ela aproveite seus nutrientes. Dentro de 6 meses a 1 ano, os restos desaparecem
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Veja também:
Qual o jeito mais ecológico de morrer?
Quanto tempo nossas coisas levam para se decompor?
Já há quem pense em como ir desta para a melhor sem deixar o mundo pior. Não há consenso de qual é a alternativa mais ecológica, já que todas têm algum defeito: a cremação joga CO2 na atmosfera, e soluções como transformar em diamante ou jogar no espaço obviamente consomem muita energia. Alguns especialistas apontam o método freeze-dry, por enquanto disponível apenas na Suécia, como a forma menos agressiva de deixar este mundo. Parece coisa de ficção científica, como você confere no quadro abaixo.
“Em resumo, o enterro mais ‘verde’ é o que evita desperdício de recursos, não utiliza substâncias tóxicas e opta por materiais biodegradáveis sem risco de extinção e protege áreas ameaçadas”, explica o biólogo Billy Campbell, fundador do primeiro cemitério verde dos EUA, o Ramsey Creek, em funcionamento desde 1996.
O problema dos cemitérios tradicionais (destino final de 80% dos brasileiros) é que 75% deles não respeitam determinações técnicas e acabam poluindo o ambiente com necrochorume (a substância tóxica produzida pelo cadáver em decomposição).
Um corpo de 70 quilos gera 30 quilos de necrochorume, por exemplo. “Os micro-organismos são levados pela água para fora do cemitério por quilômetros de distância, causando doenças como tétano, hepatite, febre tifoide e disenteria”, diz o geólogo e professor da Universidade São Judas Tadeu, Leziro Marques Silva.
Veja abaixo as etapas do processo freeze-dry:
1 - ERA DO GELO
O método de congelamento e desidratação está disponível desde 2005 na Suécia. O primeiro passo é mergulhar o corpo em nitrogênio líquido, a -196 ˚C. Além de congelar, ambos se tornam extremamente quebradiços.
2 - QUEBRA TUDO
O cadáver congelado é colocado para vibrar em uma esteira. Bastam alguns minutos para que tudo se estilhasse e vire pó. Equipamentos filtram água e um ímã retira qualquer metal proveniente de próteses ou obturações.
3 - EMPACOTADO
O pó resultante (20 kg a partir de um corpo de 80 kg, por exemplo) é colocado em uma caixa de amido de batata ou milho e enterrado em um túmulo raso.
4 RECICLAGEM
Planta-se uma árvore em cima da caixa para que ela aproveite seus nutrientes. Dentro de 6 meses a 1 ano, os restos desaparecem
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/conteudo_480673.shtml