Mais um ano está no fim... e com ele surge, para muitos, a sensação de não se ter cumprido todos os deveres, executado todas as tarefas, essa sensação chega a ser tão angustiante que as pessoas podem entrar em um estado depressivo nesta época.
Tudo que acaba, mesmo que nos trazem questionamentos, nos leva a uma análise até mesmo nos não filósofos. Tipo: O que somos? Para onde vamos? O que vamos fazer? O que seremos? Então o fim do ano nos leva a refletir sobre um tempo que se foi e queremos saber o que fizemos e o que deixamos de fazer.
Podemos encontrar vários tipos de manifestações da “síndrome de fim de ano” são dois principais. O primeiro um estado parecido com a depressão, mas não é depressão, é uma tristeza, uma sensação de vazio, uma falta de não sei o que.
Nesse período é comum à introspecção, as pessoas questionam significados que até então elas atribuíram como natural à sua vida. Na maioria das vezes o sentido encontrado passa a não ser suficiente para cobrir esse vazio e esse mal-estar. Geralmente, nesse momento, é comum as pessoas se apegarem muito ao que falta, ou seja, as passam a acreditar que a “falta” é realmente do que não tem, das pessoas que perderam, saudade, planos e desejos não realizados, daí o aumento da tristeza da nostalgia e da angústia.
O segundo podemos considerar extremo, porque estamos pensando em uma oposição, enquanto o estado depressivo estaria próximo da tristeza, da falta e do vazio, esse que podemos chamar de compulsão já se aproxima mais da euforia da ansiedade.
Essa sensação é principalmente alimentada pelo ato de consumir, no qual as pessoas aderem com extremo entusiasmo essas datas “festivas” objetivando acabar com o vazio. Dessa forma parece haver uma tentativa de negar, de camuflar o que falta, com festas e presentes e todo o tipo de objetos de consumo. Mas nem sempre é possível o consumo na quantidade desejada, e isso gera uma angústia nas pessoas. E mesmo aderindo a esse consumo, após as compras, sempre vem uma falta e esse sentimento de vazio pode surgir na ressaca: as dívidas, ou mesmo a ressaca do álcool.
As pessoas podem iludir euforicamente que tudo pode mudar num passe de mágica, da noite para dia, o que leva muitos a adotarem comportamento supersticiosos, não percebem que a mudança não acontece no fim de ano, mas a cada dia e que DEVE ser construída, com muito trabalho e dedicação.
Somos livres se formos conscientes do que nos faz agir de uma ou de outra forma, podemos escolher entre várias alternativas para direcionar a nossa vida. Você pode mudar seu projeto a hora que desejar. O importante é que suas escolhas sejam as melhores para o momento e importantes para você. Ter consciência de suas escolhas é o primeiro passo para a sua realização pessoal, assim como para poder alterar essas escolhas até mesmo no minuto seguinte, a vida é um projeto sempre esperamos o “vir a ser” nunca somos nada, sempre estamos tudo.
Você fez tudo que podia fazer...se acha que poderia ter feito mais, se programe e faça! Não fique a se lastimar pelo que não fez, o tempo não volta e enquanto você reclama ele passa também.