Neste 15 de outubro, para comemorar o Dia do Consumidor Consciente, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) lança uma campanha em forma de pergunta aos consumidores: "Onde está a sua ecobag?". O objetivo é estimular o consumidor a levar a sua própria sacola retornável para as compras e evitar as sacolas plásticas, que causam muitos prejuízos ao meio ambiente -entopem bueiros, causam enchentes, poluem os mares e matam tartarugas, que as comem, confundindo-as com alimentos marinhos.
Um dos lemas da campanha é: "Para ser consumidor consciente não basta ter sua linda sacola retornável de enfeite em casa, é preciso usá-la!" Em 2009, o desafio de "Um dia sem sacolas plásticas" foi aceito, lembra o MMA. Muitos cidadãos apoiaram a iniciativa e compararam ecobags e, em um ano de campanha Saco é um Saco, fortalecida pela parceria com grandes redes de supermercados e empresas, foi possível evitar o consumo de cerca de 1 bilhão de sacolas plásticas.
Segundo o ministério, a consciência sobre os impactos das sacolinhas no meio ambiente cresceu, como também as vendas de ecobags. Seja como item de venda, acessório fashion ou reflexo da preocupação ambiental, as sacolas retornáveis se alastraram pelo Brasil. Agora, neste Dia do Consumidor Consciente, o MMA quer perguntar a quem comprou as sacolas retornáveis: onde estão elas? Estão sendo utilizadas? Se tantas ecobags foram vendidas, por não se vê mais consumidores utilizando-as no dia-a-dia?
Os técnicos da pasta dizem que, depois de conscientizar a população, é preciso mudar velhos hábitos na prática. Por isso, os consumidores estão sendo convocados a tirarem suas ecobags do armário de casa ou do porta-malas do carro, para transportarem tudo o que consumirem, sejam as compras de supermercado, de roupas, de livros, de eletrônicos ou de brinquedos.
No Brasil , estima-se que 1,712 milhão de sacolas plásticas são consumidas a cada hora, ou seja, 41 milhões em 24 horas, 1,25 bilhões por mês e 15 bilhões por ano.
Incentivo do setor privado
Neste ano, grandes empresas também toparam o desafio e estão apoiando a campanha. A Unilever doou mil sacolas retornáveis, que serão distribuídas pelo Homem-Ecobag no dia 15 de outubro, no estande do MMA, montado na 29ª Feira do Livro de Brasília, que acontece no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade.
Quem passear pela feira também ganha fitinhas do estilo Senhor do Bomfim, doadas pelo Carrefour, com mensagens personalizadas para lembrar o brasileiro a levar sua ecobag quando for às compras. Ao todo, serão distribuídas duas mil fitinhas na Feira do Livro. Outras duas mil fitinhas doadas pela rede de supermercados serão distribuídas pela Secretaria do Ambiente do Rio de Janeiro para as pessoas que passarem pela Cinelândia ou pela Praça XV, no centro do Rio.
Ainda no dia 15, o Carrefour distribuirá mais 2 mil fitinhas em São Paulo, na loja de Pinheiros, e promoverá o Dia da Sacola Cheia, para divulgar o Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis do MMA e apresentar os resultados alcançados nas lojas de Piracicaba e Jundiaí, ambas no interior de São Paulo, onde as sacolas plásticas foram banidas. No mesmo dia, o Carrefour lança na web o vídeo "Onde está sua ecobag?". A ideia é ampliar a divulgação da campanha e contagiar os internautas para que o vídeo se torne uma verdadeira febre online.
Durante todo o dia 15, as operadoras de celular, TIM e Vivo, vão enviar mensagens sobre consumo consciente aos seus mais de 40 mil e 66 mil seguidores do Twitter. Já a livraria Saraiva vai distribuir 150 mil marcadores de páginas do Dia do Consumidor Consciente nas lojas da rede, que ainda terão banners instalados com a identidade visual da campanha Saco é um Saco.
Curtas de animação
O MMA e o Ministério da Cultura lançam a segunda edição do concurso de curtas de animação, o 2 CineAmbiente, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, às 16h. Na oportunidade, serão exibidos em primeira mo os curtas premiados no 1ºCineAmbiente, promovido em 2009.
Para o 2º CineAmbiente serão selecionados dez projetos e cada um receber R$ 20 mil para produções de 1 minuto sobre o tema Consumo Sustentável e Biodiversidade. A principal janela de exibição dos curtas será o circuito Tela Verde do MMA e das TVs públicas. As inscrições ficam abertas até 20 de novembro.
Republica federativa do Brasil - MMA
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Baratas: “Praga infernal”
A cada ano, a Ciência avança em diversas áreas, ampliando o conhecimento em questões como genética, ecologia e doenças de todos os tipos. No entanto, uma questão vem sendo alvo das mais variadas especulações, sem ter o devido respaldo científico: as baratas.
Estes pequenos artrópodes são, ao mesmo tempo, abominados e mitificados pelos seres humanos. As indagações a respeito das baratas são tantas que já renderam até filmes de ficção como Praga infernal, de 1975; Baratas assassinas, de 1998; Joe e as baratas, de 1996, entre outros. Acredita-se até que as baratas sejam capazes de sobreviver a ataques nucleares.
Em virtude disso, um grupo de pesquisadores da UFRJ decidiu estudar mais a fundo esses insetos, a fim de desmistificá-los e mostrar que as baratas têm, apesar de tudo, um papel importante no meio ambiente.
Segundo a bióloga Suzete Bressan Nascimento, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF/UFRJ), o projeto “Baratas: procuradas vivas ou mortas”, coordenado pelo biólogo Hatisaburo Masuda, nasceu a partir de um estudo com vespas, um inimigo natural da barata. De acordo com a bióloga, a vespa parasita a estrutura de proteção dos ovos das baratas, uma cápsula chamada ooteca, impedindo que as larvas nasçam. “Isso faz com que a vespa controle naturalmente a população de baratas. Nosso objetivo é trocar dez baratas por uma vespa”, afirma.
O asco dos seres humanos com relação às baratas tem origem na infestação do inseto nas áreas domésticas. “A barata é um vetor contaminante. Ela vive no lixo, em esgotos e se alimenta de matéria orgânica em decomposição. Tudo isso gera certo nojo nas pessoas, que podem até desenvolver entomofobia, que é a aversão a insetos”, explica. Segundo a bióloga, as baratas são uma das causas, até mesmo, de infecções hospitalares.
No entanto, o extermínio desses insetos não seria solução viável, pois poderia levar a um desequilíbrio ambiental. “As baratas são decompositoras, fazem parte da cadeia alimentar. Elas compõem um ciclo que contribui para o equilíbrio da natureza, além de servirem também de alimento para pequenos animais, como pássaros, roedores e anfíbios”, conclui Suzana Bressan.
Para evitar a infestação, o ideal é manter um alto grau de higiene nas áreas domésticas. Acúmulo de lixo ou resto de alimentos geram o ambiente perfeito para a proliferação de insetos e, em especial, da barata.
Fonte: Stephanie Tondo / Olhar Vital -UFRJ
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