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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Festas de final de ano, sem ganhar peso.







As festas de final de ano estão chegando e com elas o agito familiar e social, sempre ao redor de uma mesa bem farta. Excesso de comida, gorduras, doces, sobremesas e bebidas alcoólicas fazem parte do cardápio extremamente calórico deste período, que pode acrescentar alguns quilos ao seu manequim. E, para não pôr a perder a cirurgia bariátrica e a dieta dos últimos meses, é importante ficar atento à quantidade e à qualidade dos pratos na mesa e tomar bastante cuidado com o consumo excessivo de alimentos. A fartura do Natal e do Ano Novo não precisa se concentrar na comilança: pode-se restringir ao número de pessoas reunidas, às trocas de presentes a aos momentos de celebração.
De acordo com o médico João Ettinger, especialista em cirurgia bariátrica, esta época do ano é bastante delicada para pessoas que passaram pela operação. “Diariamente, o ex-obeso é bombardeado com propagandas de alimentos para as festas e fica ainda mais difícil resistir. Também muitos pacientes com obesidade procuram a cirurgia somente depois das festas de final de ano, pois querem comer exageradamente neste período”, explica o médico.
E como resistir, se tão tantas as comemorações num curto período de tempo? Amigo secreto da empresa, confraternização com os colegas da faculdade, ceias com a família... “É preciso ser perseverante. Nesta época do ano, com refeições e sobremesas irresistíveis, o paciente pode cair em tentação. Saber que as tentações estão por vir é um ponto positivo, pois o paciente pode se preparar para isto”, resume o cirurgião bariátrico João Ettinger. Pessoas que foram submetidas a este procedimento cirúrgico devem ter cuidado reforçado na ceia natalina, adverte a nutricionista Patricia Jacob. “O excesso de açúcares e gorduras pode desencadear a tão temida Síndrome de Dumping, que causa mal-estar, tontura, sudorese e outros sintomas desagradáveis ao momento natalino”, esclarece.
Diversos excessos alimentares são cometidos nas ceias de Natal e Ano Novo; geralmente as entradas são queijos amarelos, salames e apresuntados, pães de queijos, oleaginosas, panetones e roscas natalinas. “Todos se apresentam inocentes, mas escondem muitas calorias derivadas de gorduras e açucares simples, além de esconder uma boa dose de sal”, explica a nutricionista. “Uma boa alternativa é privilegiar coisas que o ex-obeso realmente gosta. Por exemplo, se ele não gosta de frutas cristalizadas é bom evitar o panetone. Para os alimentos muito calóricos que agradam ao paladar (leitão, caipirinha, sorvete, etc.) é preciso ter atenção redobrada”, aconselha João Ettinger. “É importante que o ex-obeso tenha em mente que a melhor dieta é aquela em que é possível comer quase tudo de forma moderada e que algumas táticas – se bem empregadas – poderão ser úteis. Exemplo: antes do prato principal, comer uma porção de salada para que ‘sobre’ menos espaço para alimentos mais calóricos”, completa. Para Patrícia, uma boa refeição pode conter 50% de saladas, 25% de proteínas e 15% de carboidratos (uma batata ou colher de arroz) e 10% para o final, para algo mais calórico, como doces e bebidas (em pouca quantidade).
Já o prato principal, o velho e tradicional Peru assado, será sempre uma boa escolha desde que seja retirada a sua pele. “É bom tomar cuidado com as saladas ricas em maioneses e arroz muito recheado; eles também ocultam gorduras e sódio. Deve-se evitar frituras, pele de aves, queijos amarelos, embutidos e apresuntados, molhos e sobremesas cremosas”, adverte a nutricionista.  
OPÇÃO DE CEIA PARA OS BARIÁTRICOS
Para este grupo Patrícia recomenda evitar as entradas e consumir moderadamente, desde que seja priorizada uma salada mais natural à base de folhosos e legumes cozidos. Pode-se optar por molhos à base de iogurte desnatado, que são mais leves e menos calóricos. Massas devem ser evitadas, já que concentram muito carboidrato. Para a sobremesa, a melhor opção são as frutas natalinas, mais leves e sem concentração de açúcares simples. As frutas podem servir também para acompanhar as carnes (como peru, lombro, chester, tender e pernil). “Quanto às castanhas e frutas secas, não abuse. Elas fazem bem, mas sem exageros”, aconselha a nutricionista.
Segundo o Cirurgião Dr. João Ettinger, o paciente bariátrico também deve ter cuidado com alimentos muito fibrosos e endurecidos, como as nozes, por exemplo; “quando não forem bem mastigados, estes alimentos podem ficar impactados no estômago operado e causar obstrução gástrica levando a vômitos e até mesmo à realização de endoscopia digestiva em alguns casos”, explica. 
Prato ideal
- Um prato raso de salada
- Quatro colheres de sopa de arroz ou risoto
- Duas fatias de carne (200 g)

O ÁLCOOL E A OBESIDADE
Ainda mais freqüente nesta época do ano, a ingestão de bebida alcoólica no paciente bariátrico pode levar a inflamação do estômago operado. “Além disso, se o paciente beber em excesso ficará embriagado mais precocemente, pois o álcool é absorvido mais rápido no paciente submetido à derivação gástrica”, explica o médico. Outro problema a longo prazo é o risco de cirrose hepática, maior nos obesos operados. “Alimentos apimentados também devem ser evitados, pois podem causar úlceras e erosões no estômago operado, causando dor intensa”, completa o especialista.
“É importante considerar que a bebida alcoólica quase sempre está presente em celebrações, mas não podemos nos esquecer de que ela também é fonte de calorias; cada grama de álcool contém 7 calorias; se compararmos, os carboidratos têm 4 calorias por grama”, lembra Patrícia. “Além disso, o álcool também causa lesão na mucosa do aparelho digestivo, como esofagite e gastrites, que contribuirão ainda mais para déficits alimentares. No fígado, o álcool provoca ainda acúmulo de gordura, o que ao longo do tempo pode levar à perda da função deste órgão”, adverte João Ettinger. “Na população em geral, que não foi submetida à cirurgia bariátrica, um ponto importante a ser considerado é de que o álcool geralmente vem acompanhado de refeições gordurosas, os famosos “tira-gostos”, e por este motivo ele pode favorecer uma redução na utilização energética de gordura, provocando acúmulo na corrente sanguínea, o que pode conduzir a dislipidemia (colesterol e triglicérides elevados) e ao excesso de peso”, completa o médico. “ Natal e Ano Novo são datas para festejar com a família e amigos e a comida é um complemento importante que pode ser saudável”, finaliza.

DICAS PARA UM NATAL MAIS LIGHT:
  • Antes:
- Planeje o cardápio. Se você é o anfitrião, sirva até duas opções de carnes, acompanhamentos e sobremesas. Se o evento for em família, definam o cardápio em conjunto, para que cada um fique responsável por um prato
- Não exagere nos dias que antecedem as festas;
  • No dia 24
- Durante o dia procure fazer uma alimentação mais leve à base de carnes magras, vegetais folhosos e frutas variadas;
-Antes das festas, faça um lanche saudável utilizando frutas, cereais integrais e queijo light;
- Nas preparações dos alimentos substitua os produtos convencionais por Light e Diet;

  • Durante a ceia
- Comece sempre com um bom prato de salada para ir com mais cautela ao prato principal;
- Faça um prato colorido;
- Coma primeiro as preparações de sua preferência, assim você evita comer por gula;
- Consumir pequenas porções e sempre elaborar os pratos com hortaliças A (utilizando mais vegetais folhosos, alface, rúcula, agrião, repolho etc.) hortaliças B (legumes) e frutas;
-Calcule a porção de carne usando a palma de sua mão. Procure sempre ficar atento à quantidade dos alimentos;
- Retire a pele das carnes;
- Prefira o arroz integral. Esse tipo contém mais fibras e minerais que o branco, além de dar mais saciedade;
- Beba um copo de água para cada um de bebida alcoólica. Assim, você reduz o consumo de calorias e mantém a hidratação. Cada grama de álcool contém 7 kcal, contra 4 kcal de 1 g de carboidrato;
- Dê preferência as preparações assadas e grelhadas. Evite as frituras, empanados, à milanesa e alimentos feitos com maionese;

- Para as sobremesas, abuse nas frutas da estação (uva, cereja, mexerica, pêssego, abacaxi, kiwi, carambola, melão, melancia, morango e manga);

- Não exagere nas bebidas alcoólicas;

Fonte: Salvador Acontece, Revista Digital,

domingo, 31 de agosto de 2014

Pareceres e laudos psicológico para pacientes bariátricos



A partir  2007 o procedimento cirúrgico para a realização da bariátrica divide em três etapas: o preparo pré-operatório o procedimento cirúrgico; e o acompanhamento pós-operatório.
A solicitação de pareceres e laudos psicológicos que comprovem a necessidade de tais intervenções e a segurança do procedimento é indispensável. Os laudos avaliam se o indivíduo está saudável psiquicamente para enfrentar as mudanças que vai vivenciar como resultado de sua escolha. O laudo é necessário também para autorizar a operação inclusive em hospitais públicos.
Para a  Psicologia cabe a  avaliação psicológica no pós-cirúrgico ou  pré-operatório, durante a fase inicial. A avaliação é uma investigação minuciosa e criteriosa quanto: vida da pacientes (anamnese) as suas  expectativas quanto à cirurgia e após a cirurgia; existe a aplicação de testes e inventários  para conhecer a estrutura de personalidade do paciente, conhecer os comportamentos depressivos,  se existe a  compulsão alimentar, se existe  distúrbios na imagem e auto estima, possíveis compulsões seja no  uso abusivo de substâncias lícitas ou ilícitas.
Realizo o trabalho de avaliação pré-cirúrgica em quatro encontros, com a entrega do laudo três dias após a última sessão. O pós-cirurgico depende do quadro clinico do paciente.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

DEPRESSÃO...OBESIDADE...



Fernando Botero - The Nap 1982


A cultura ocidental enfatiza mais a boa forma e a imagem corporal, o que facilita a identificação de incômodos com o excesso de peso, independente dos graus de obesidade. Nossos padrões culturais fazem com que até indivíduos com peso dentro dos parâmetros de normalidade possam sentir-se com peso acima do desejado. É possível observar a importância da participação de vários fatores etiológicos genéticos e orgânicos, da falta de atividades físicas, de fatores educacionais e psicológicos. Estes últimos, ocupando dois lugares específicos que comparticipam, lugar de causas e lugar de complicações da obesidade (Flarherty, 1995).

No aspecto clínico, relacionado a padrões de alimentação dos obesos, integram conteúdos como desconhecimento de mecanismos exatos controladores da saciedade e apetite e ainda, em alguns, com visão negativa do corpo, preocupados com a forma como responsável pelo acesso, aceitação, sucesso social e felicidade.

Os problemas emocionais são geralmente percebidos como consequências da obesidade, embora conflitos e problemas psicológicos de auto conceito possam preceder o desenvolvimento da obesidade. A depressão e a ansiedade são os sintomas comuns; depressão maior pode ser frequente nos gravemente obesos. Pacientes obesos emocionalmente instáveis podem experienciar aumento na ansiedade e depressão quando fazem dietas (Flarherty, 1995). Portanto, o obeso apresenta aspectos emocionais e psicológicos identificados como causadores ou consequências ou retroalimentadores da sua condição de obeso, concomitante a uma condição clínica e educacional alterada.

No tratamento psicoterápico, a terapia cognitiva vem mostrando eficácia por trabalhar a partir da estrutura operante do paciente com objetivos de organizar as contingências para mudanças de peso e comportamentos, em princípio, relacionados ao autocontrole de comportamentos alimentares, e contexto situacional amplo, aprofundando para todo o desconforto (Abreu, 2003). A avaliação e correção dos pensamentos inadequados, que contribuem tanto para a etiologia quanto para a manutenção da obesidade, são procedimentos disparadores e freqüentes no processo psicoterapêutico para a modificação comportamental. A reestruturação cognitiva, imagens orientadas, o treinamento da auto-instrução, a determinação de objetivos, o estímulo ao auto-reforço e resolução de problemas são alguns procedimentos inter-relacionados, de base cognitiva, incorporados a outros programas comportamentais (Abreu, 2003).

A orientação cognitivo-comportamental segue o modelo que identifica a crença central e a crença intermediária (regra, atitude, suposição) que leva a um pensamento e influencia uma situação, e viceversa, desencadeando igualmente reações emocionais, comportamentais e fisiológicas (Hawton, 1997). Com base nesta orientação, os sistemas de crenças de indivíduos obesos determinam sentimentos e comportamentos desencadeados por pensamentos disfuncionais acerca do peso, da alimentação e do valor pessoal; por exemplo, a crença de que ser magro está associada a autocontrole, competência e superioridade interfere diretamente na constituição da auto-estima da pessoa, ou mesmo, a crença de que ser magro é fundamental para a solução de problemas da vida e que, portanto, pessoas obesas seriam infelizes e malsucedidas, são significações que também são encontradas neste grupo (Abreu, 2003).

Estes conjuntos de crenças provocam, no obeso, tendências disfuncionais de raciocínio levando-o a desenvolver pensamentos dicotômicos – pensamentos em termos absolutos e extremos do tipo “se não estou completamente com o controle, significa que perdi todo o controle, que está tudo perdido; então, posso me fartar.” Considerando-se o sistema de crenças, identificamos os aspectos psicológicos da obesidade, aspectos envolvidos no controle da alimentação, ou seja: as correlações, interdependências e interações que existem entre o ambiente, pensamentos, sentimentos e comportamentos (Hawton, 1997).

Portanto, o desafio da psicoterapia cognitiva é compreender como diversos fatores interagem entre si em cada caso ou situação e, associada e integrada a outras terapias, favorecer a melhora no manejo do sintoma para que o paciente possa dispor de um repertório qualitativamente mais amplo para responder às demandas da vida.

Na obesidade, nem sempre o tratamento farmacológico é a primeira opção terapêutica; este deve, antes, compor o tratamento que deve ser pautado numa abordagem multidisciplinar. Dietoterapia associada à psicoterapia, por serem modalidades não-invasivas, devem ser sempre priorizadas. No entanto, quando transtornos psiquiátricos como os transtornos fóbico-ansiosos, depressão atípica, síndrome do comer noturno e/ou transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) estão presentes contribuindo para o ganho de peso, devemos considerar a farmacoterapia (Aronne, 2003).

Quando o indivíduo obeso apresenta comorbidade do espectro psiquiátrico, a associação medicamentosa à dietoterapia e psicoterapia torna-se imprescindível, ficando bem indicado o uso de antidepressivo associado ou não com estabilizador de humor. Os agentes antiobesidade são mais indicados para obesidade sem comorbidade psiquiátrica e como coadjuvantes na presença de comorbidades. As drogas anorexígenas, apesar de eficazes, devem ser usadas com cautela e por curto período de tempo. Apesar de o tratamento do ponto de vista psiquiátrico da obesidade estar em evidência, é necessário maior investimento no desenvolvimento do acompanhamento em longo prazo. 

Pesquisa produzida pelo Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares do Ipq – AMBULIM – Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – HC-FMUSP 

terça-feira, 12 de agosto de 2014

RESPIRAÇÃO - UM RECURSO CONTRA A ANSIEDADE










O diafragma funciona como uma membrana fazendo com que o abdômen se expanda e se comprima conforme a respiração ocorre. Na inspiração ele desce, expandindo o abdômen e arrastando consigo a base do pulmão, o que aumenta seu volume interno e a sucção do ar. Na expiração, o diafragma vai para cima, comprimindo os pulmões e expulsando o ar.
Esse processo com o tempo  vai se perdendo com a vida sedentária, e com a forma errada de respirar, de modo que em muitas pessoas é como se o diafragma não existisse mais, pois não faz mais esse trabalho. Resta somente a respiração com a parte superior dos pulmões, o que a deixa mais breve e rápida. A repercussão disso é uma menor oxigenação do organismo, bem como o possível aumento de sintomas de ansiedade; uma vez que respirar de maneira rápida causa mudanças fisiológicas, acelerando nosso batimento cardíaco.
Respiração diafragmática
A respiração diafragmática ou respiração profunda é chamada assim porque expande o diafragma e leva o ar rico em oxigênio até o abdômen. É através dessa técnica que se consegue aumentar significantemente a capacidade volumétrica dos pulmões em mais do dobro. Desse modo todo o corpo é mais oxigenado, inclusive o cérebro.
A respiração diafragmática pode ser utilizada por todos nos momentos, auxilia no combate da tensão e estresse. É o primeiro passo para restabelecer o equilíbrio e também para o relaxamento, desconstruindo o mecanismo de luta ou fuga causado pela respiração torácica. Também é uma excelente ferramenta para quem tem dificuldades para dormir e mesmo para eventos ligados à síndrome do pânico.
Quando você está com sintomas da SP, esse exercício é muito útil, consegue trazer o equilíbrio ao seu organismo, porém você deve praticar antes das crises, caso contrário será muito difícil conseguir fazê-lo. TREINE...EM QUALQUER LUGAR.
(Re) aprendendo a respirar
·         Coloque-se de forma confortável sentado ou deitado
·         Coloque a mão no abdômen (barriga) próxima ao umbigo;
·         Feche os olhos e concentre-se em sua respiração;
·         Inspire pelo nariz e encha os pulmões de ar, leve-o até o abdômen, percebendo que ele se movimenta (sua barriga levanta). Você pode imaginar que está enchendo uma bexiga que está dentro de sua barriga. Ao inspirar conte até quatro (mentalmente) para que o pulmão e o abdômen fiquem expandidos;
·         Retenha o ar por dois tempos (conte lentamente até dois mentalmente), mantendo a barriga e os pulmões cheios;
·         Expire lentamente pelo nariz ou pela boca ( o que achar melhor), contando até cinco, esvaziando completamente o pulmão e o abdômen;
·         Mantenha os pulmões vazios por dois tempos (conte lentamente um...dois) reinicie os movimentos.
Procure efetuar os movimentos respiratórios de tal forma que haja pouco movimento torácico (movimento do peito) e mais movimentos abdominais (movimento de barriga).
Repita dez vezes a respiração ou pratique por aproximadamente três a cinco minutos. Neste processo o cérebro recebe mais oxigênio do que está acostumado, é interessante ir adaptando o ritmo de forma que fique confortável.
Quanto mais você trinar, mais automática ela será, com o tempo vá aumentando os tempos de parada e o tempo de aspiração e expiração.
Qualquer dúvida pergunte que eu respondo.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Orientação Vocacional/Profissional







A psicóloga Elizabeth Barbosa aproveitando as últimas semanas para a inscrição na FUVEST e outros vestibulares,  abre seis vagas gratuitas para o programa de OV-2015.

Com até 6 participantes e durante 8 horas, distribuídas em duas sessões semanais, serão abordados temas que se referem a: escolhas profissional; mercado de trabalho; e autoconhecimento.

Utilizando várias técnicas a OV-2015 foi desenvolvido para que o participante perceba o seu processo de tomada de decisão, para poder recorrer a esses conhecimentos em outras situações de sua vida.

A vantagem principal do trabalho em grupo é troca de experiências e o diálogo  que enriquecem a reflexão sobre a escolha profissional.

Atendimento do OV-2015: jovens com idades entre 15 e 25 anos que estejam no ensino médio, ou que já o tenham terminado.

Local: Rua Jarinu, 484  - Tatuapé - São Paulo S.P.

Datas: 19/20/26 e 29   de Agosto - horário : 10:30 às 12:20

Período de inscrição: de 11/08 a 17/08

Telefone para inscrição: 2295-9117 / 2942-0385/ 3854-6997

Email para inscrição: elizabar@uol.com.br

Divulgação do resultado no site: http://bichodomeio.blogspot.com.br/

 

Outros programas:

Atendimento individual: jovens do 9ª série do ensino fundamental, do ensino médio ou que já o tenham terminado. Vestibulandos e universitários que querem repensar sua escolha profissional. Adultos de qualquer idade que querem encontrar uma nova possibilidade profissional.

Atendimento via Internet: em breve.

 


Pós Bariátrica...Estou em casa




Após a alta hospitalar o retorno no consultório é em cerca de sete dias de pós-operatório. Entre o cinco e sete dias se não houver nenhuma intercorrência, o paciente estará liberado para dirigir seu próprio automóvel.
Note que as meias que foram colocadas durante operação e que permaneceram no hospital devem ser usadas durante a primeira semana do pós-operatório mesmo que o paciente ande e tenha atividades normais, como será explicado no momento da alta.
Serão feitas algumas visitas no pós-operatório assim seguindo:
** Cerca de 1 semana de pós operatório
** Cerca de 40 dias de pós operatório Primeiro ao terceiro ano - quadrimestralmente A partir do 3o ano até o quinto ano , semestralmente
E depois do cinco anos com periodicidade entre 10 a 12 meses a cada ano. Nas visitas são avaliadas a perda de peso, a resolução de comorbidades e a solicitação de alguns exames para acompanhamento nutricional do pós-operatório note que nas derivações gastrojejunal em Y de Roux não há grande má absorção de alimentos ou de nutrientes, porém como é menor por diversas alterações hormonais que diminuem apetite e aumentam a saciedade podem ocorrer algumas alterações em vitaminas com AA, A, Acido fólico, D, complexo B, dentre outras que seriam monitoradas e eventualmente respostas durante a avaliação e acompanhamento pós-operatório.


Orientações Nutricionais


DIETA PÓS- OPERATÓRIA
(Derivação gástrica ou Bypass  em “Y de Roux”)

FASE 1 – LÍQUIDA RESTRITA (duração de 7 a 10 dias)

A dieta deverá ser de consistência líquida (sem resíduos), hipocalórica e fracionada o maior número de vezes possível. A hidratação nesta fase é essencial, sendo a meta de ingestão de 2 litros/dia. Mesmo se devidamente fracionada, principalmente no pós- operatório imediato, o paciente sentirá dificuldades em alcançar a quantidade de líquidos prescrita. Por isso recomenda-se o aumento gradual desta quantidade, sempre ingeridos em pequenos “goles”.

Durante esta fase, a alimentação consiste em:
    • Água sem gás;
    • Chás em geral (preferir os chás claros);
    • Sucos de frutas preferencialmente naturais e coados em peneira fina;
    • Água de coco;
    • Bebidas isotônicas;
    • Picolé de frutas;
    • Gelatina diet;
    • Sopas em forma de caldo - acrescentar caldo de carne natural aos legumes (beef tea) aumentando assim o aporte protéico;
    • Utilizar sempre adoçante;
Evitar ingestão de leite/derivados por aproximadamente 10 dias.
 


FASE 2 – PASTOSA (duração de aproximadamente 10 dias)

Esta fase da dieta consiste em alimentos de fácil deglutição e digestão. Também se dá início a educação em relação à mastigação adequada, evitando assim os indesejáveis “engasgos”. Inicia-se o aumento do aporte calórico e protéico, assim como o de vitaminas e sais minerais. As refeições devem ser fracionadas de 5 a 6 vezes/dia, evitando assim o jejum prolongado.
Durante esta fase, a alimentação consiste em:
    • Arroz, massas e batatas (bem cozidos);
    • Carne moída, peixe e frango desfiados (de preferência ensopados);
    • Frutas, legumes e verduras em forma de purê;
    • Sopas mais consistentes;
    • Ovo cozido, mexido ou pochê;
    • Queijos magros cremosos;
    • Mingau/creme de frutas/pudim diet;
    • Sorvete de massa diet;
    • Suflês;
    • Vitaminas de frutas

E lembre-se: hidratação SEMPRE!


FASE 3 – BRANDA/SÓLIDA

A partir desta fase praticamente todos os alimentos estão liberados. Portanto, a mastigação perfeita é imprescindível, assim como a velocidade da ingestão.
Somente os alimentos crus ficarão restritos por pouco tempo, por isso é chamada de dieta branda. Como os alimentos crus são digeridos com maior dificuldade, as fibras devem ser abrandadas pela cocção.
Também é iniciada a reeducação alimentar efetiva, fazendo com que os pacientes aprendam a fazer suas próprias escolhas, sempre prezando a qualidade de sua alimentação.

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE DIETA E NUTRIÇÃO

Vou tomar algum tipo de vitamina?
Sim. Os pacientes submetidos à gastroplastia devem ingerir suplementos vitamínicos e minerais devido a diminuição da ingestão alimentar resultando na diminuição da ingestão de nutrientes.

O que é a Síndrome de Dumping? Vou poder ingerir doces um dia?
A Síndrome de Dumping é um mal estar geral. O paciente pode sentir taquicardia, sudorese (suor frio), náuseas, tremores e tonturas quando ingere doces com alta concentração de açúcar. Os doces serão introduzidos na dieta cerca de 3 a 4 meses após a cirurgia porém serão doces “simples” como um bolo sem recheio e cobertura, por exemplo. Doces muito concentrados como goiabada e doce de leite não serão bem tolerados pela grande quantidade de açúcar e portanto devem ser evitados.

E em relação às bebidas alcoolicas? Vou poder ingerir um dia?
Devido a diminuição do estômago a bebida alcoólica é absorvida mais rapidamente o que pode gerar desconforto além de prejudicar o sucesso da cirurgia. As bebidas alcoolicas (baixo teor alcoólico) podem ser introduzidas na dieta após 6 meses em pequenas quantidades e sempre com a supervisão do nutricionista.

Ao iniciar atividades físicas preciso de algum suplemento específico?
A principio não, se for feita uma refeição pré e pós- treino completa (carboidratos e proteínas). Caso o treino fique mais intenso os suplementos (especialmente os protéicos) devem ser introduzidos.

Quando estiver satisfeito devo parar de comer?
Sim. Você que irá sentir seu limite, porém deve-se tomar cuidado para não “acomodar”. Você não tem que forçar a alimentação mas tem que se esforçar!!

Qual o motivo da orientação para não misturar alimentos sólidos e líquidos?
Com a redução do estômago pode ocorrer uma competição de espaço e ao misturar os líquidos com alimentos sólidos você irá sentir-se mal. O ideal é aguardar cerca de 30 minutos antes ou após a refeição para beber algo.

Como me comporto em festas/reuniões? Posso ir a restaurantes normalmente?
A vida social após a cirurgia é normal. Você não irá comer e beber na quantidade que estava acostumado mas vai se divertir como antes, é só fazer as escolhas corretas. Se estiver inseguro em relação a algum evento informe-se antes sobre o cardápio e faça suas escolhas antes de sair de casa.

Um amigo disse que não consegue ingerir certos alimentos. Isso pode acontecer comigo?
Cada pessoa responde de uma maneira após a cirurgia, porém existem alimentos que geralmente não são bem tolerados como: vegetais muito fibrosos (aipo, talo de brócolis, couve-flor), frutas muito fibrosas (bagaço de laranja, melão, melancia), frituras e alimentos muito gordurosos, carnes “duras” e alimentos muito condimentados.

Após a última fase da dieta posso comer de tudo?
Teoricamente sim, depende da aceitação do paciente a determinados alimentos. Quando chegar o momento, o ideal é discutir com o nutricionista os alimentos com melhor tolerância e outros a serem evitados temporariamente.

Texto da Nutricionista Thaís Sarian