A idade mínima para cirurgias bariátrica é 16 anos. São
regras do Ministério da Saúde.
O índice (IMC) mínimo
para cirurgia bariátrica é “35 + doenças associadas” ou “maior que 40, mesmo
sem doenças”.
Avaliação Pré-Operatória
Os candidatos à cirurgia bariátrica devem ser
submetidos a uma avaliação préoperatória completa para determinar fatores de
risco que possam aumentar as complicações e comprometer o resultado da
operação. Esta avaliação é realizada por uma equipe multidisciplinar que tem
experiência no cuidado de pacientes com obesidade mórbida. Além de solicitar
vários exames, o seu médico irá pedir que você faça uma avaliação com um
endocrinologista ou clínico geral, cardiologista, nutricionista, psicólogo ou
psiquiatra, anestesiologista e outros especialistas que ele julgar necessário.
Avaliação psicológica
O seu psicólogo
precisa:
• Entender que a obesidade é uma doença epidêmica, crônica, dispendiosa, multifatorial e
com morbidades e mortalidade elevadas, conforme a OMS;
• Ter a percepção
que a intervenção cirúrgica é das etapas do tratamento da obesidade;
• Conhecer os critérios de indicação para a cirurgia: índice de massa corpórea,
co-morbidades, insucesso do paciente em tratamentos anteriores, apoio familiar
e avaliação pré-operatória rigorosa;
O que
o psicólogo vai avaliar
• Levantamento
da história clínica do paciente: estilo de vida, hábitos, costumes, atividades,
relacionamentos, pensamentos, sentimentos e comportamentos;
• Investigação
sobre o início da obesidade, padrões familiares, maneiras de lidar com a
doença, quantas e quais tentativas buscou para emagrecer, prejuízos causados
pela obesidade em sua vida, casos de obesidade na família, auto-estima e imagem
corporal, estado de humor, qualidade do sono, vida social e profissional,
expectativas quanto ao procedimento cirúrgico;
• Verificação
quanto à presença de compulsões, crises de ansiedade e fantasias acerca do
emagrecimento, relação com o alimento e possibilidade de algum transtorno
alimentar (compulsão alimentar periódica, anorexia, bulimia), níveis de stress,
ansiedade e depressão do paciente;
• Observação
da capacidade de manutenção do controle frente às situações de stress/tensão e
de aspectos psicossociais que possam comprometer os resultados;
• Conhecimento
de aspectos que podem inviabilizar o procedimento, cirúrgico: transtornos
psicológicos mais graves como Transtorno Bipolar ou Esquizofrenia, Depressão
(sem que esteja em tratamento), demais transtornos mentais e dependência
química;
• Considerações
sobre a percepção social diferenciada referente aos obesos de sexo masculino e
feminino (discriminação e exigência social);
• Relação
entre o comer e os fatores emocionais;
• Manutenção
de conduta cautelosa e de encaminhamento para tratamento anterior à cirurgia
quando necessário;
• Identificação
de preditores de sucesso pós operatório;
• Previsão e
disponibilidade para realização de monitoramento da adaptação pós-operatória;
• Possibilidades
de implementação de mudanças nos hábitos de vida permanentes: ajustes nos
padrões alimentares, prática de exercícios físicos e demais necessários a cada
caso;
• Importância
de se considerar a possibilidade de acompanhamento psicológico pré e/ou pós-operatório;
• Métodos e
técnicas psicológicos mais utilizados: Entrevista Psicológica ampla e
detalhada, Testes psicológicos como os de personalidade e, eventualmente, de
inteligência (em caso de dúvidas sobre habilidade intelectual do paciente.)
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