Obesidade mórbida é um problema de saúde pública que, nos últimos
anos, vem crescendo continuamente em diversos países. Deve ser encarada
como doença grave, que gera profundas sequelas de ordem física, emocional,
econômica e social. A relação entre o grau de excesso de peso e a incidência
de co-morbidades e de mortalidade é marcante, esta última aumentando
rapidamente quando o paciente atinge mais de 50% do seu peso ideal.
O
índice de mortalidade de homens jovens obesos mórbidos, por exemplo, é 12
vezes maior quando comparado com o de não-obesos da mesma faixa etária.
Entre as doenças associadas destacam-se distúrbios cardiovasculares, diabetes,
problemas osteoarticulares, apneia do sono, doença biliar e certos tipos de
câncer, doenças estas que são curadas ou evitadas, em grande parte dos
pacientes, com a redução do seu índice de massa corporal.
Fatores ambientais
ou culturais têm papel importante na etiologia da obesidade mórbida, mas
influências genéticas parecem ser mais fortes. A redução do peso através de
medidas dietéticas costuma ser ineficaz no obeso mórbido, o que vem tornando
as cirurgias bariátricas o tratamento de escolha para estes doentes. A primeira
cirurgia realizada para redução de peso foi descrita em 1954, e, desde então,
diversas técnicas foram idealizadas
A obesidade é fator desencadeante de diversas doenças, entre elas o tromboembolismo venoso. A
relação entre o grau de excesso de peso e o desenvolvimento dessas doenças é direta, especialmente nos
pacientes que excedem 50% do seu peso ideal. Desta forma, o obeso mórbido, com índice de massa
corpórea acima de 40, tem chance ainda maior para o desenvolvimento da doença tromboembólica. A
manipulação cirúrgica também é fator de risco para o desenvolvimento de trombose venosa profunda e
embolia pulmonar.
Podemos classificar um paciente obeso de
maneira quantitativa, segundo sua massa corpórea, ou qualitativa, de acordo com a distribuição
da sua gordura corporal. Na primeira classificação utiliza-se o índice de massa corporal (lMC),
proposto primeiramente pelo belga L.A. J. Quetelet,
em 1835. O IMCé expresso pelo peso em
quilogramas do indivíduo, dividido pelo quadrado
de sua altura em metros (lMC = P/H2= kg/m2).
Nenhum comentário:
Postar um comentário