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terça-feira, 19 de julho de 2011

CARIDADE TEM DIA ESPECIAL



No Brasil, o dia 19 de julho tornou-se oficialmente o Dia da Caridade através da Lei nº 5.063, de 1966, por decreto do então presidente Humberto Castelo Branco, ironicamente, em plena Ditadura Militar. Ajudar ao próximo, promover a inclusão social, diminuir de alguma forma o sofrimento das pessoas, tudo isso é ser caridoso. Mas ao contrário do que muitos pensam, a verdadeira caridade se faz, quando, ao invés de levar comida à boca de quem tem fome, se ensine a este faminto, a plantar, cultivar, colher e sobreviver. E mais que isso: multiplicar esse ensinamentos. E essa atitude pode ser aplicada em todas as facetas da vida.

Caridade, genericamente, seria o amor que move a vontade à busca efetiva do bem de outrem, benevolência, complacência, compaixão, beneficência, benefício, esmola (?). Uma pessoa caridosa, seria aquela que, fazendo bom uso de suas forças mentais, vibrasse ou orasse diariamente em favor de tantos quantos se acham enfermos, tristes ou oprimidos, sem excluir aqueles que porventura se considerem seus inimigos. E se, com sacrifício de seu valioso tempo, fosse capaz de ouvir, o infeliz que deseja lhe confiar seus problemas íntimos, embora sabendo de antemão, que nada se pode fazer por ele, senão dirigir-lhe algumas palavras de carinho e solidariedade.

Assim como, seria caridoso, aquele que, disciplinando sua língua, só se referisse ao que existe de bom nos seres e nas coisas, jamais passando adiante notícias que, mesmo sendo verdadeiras, só servissem para comprometer a honra ou abalar a reputação alheia, ou até percebendo em seu irmão um intento maligno, o aconselhasse a tempo, mostrando-lhe o erro e convencendo-o a não levar a efeito. Seria caridoso aquele que, mantendo permanentemente uma norma de proceder sereno e otimista, procurasse criar em torno de si, uma atmosfera de paz, tranqüilidade e bom humor, e que, de vez em quando, endereçasse uma palavra de aplauso e de estimulo às boas causas e não procurasse, ao contrário, matar a fé e o entusiasmo daqueles que nelas se acham empenhados.

Muito poderia ainda ser lembrado, em que, uma amizade sincera, um gesto fraterno ou uma simples demonstração de simpatia, seriam expressões certeiras da maior de todas as virtudes. Porém, quase nunca as pessoas percebem que essas oportunidades estão a sua frente, a todo instante, para que se pratique caridade. Elas, em sua grande maioria, traem, empregam a violência, tratam os outros com leviandade, desconfiam, fazem comentários de má fé, e, quando cedem algumas migalhas do que lhes sobra, raras vezes agem sob a inspiração do amor ao próximo, mas sim, tendo em mira o recebimento de “recompensas celestiais”. Quanto ainda falta para que as pessoas tenham em seu coração a verdadeira caridade em sintonia com o mundo?

Fonte: Ring
Dicionário Aurélio


(imagens da internet)

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